Nossa sexta-feira (21) pegou fogo com a Divina Malandra (Ju Farias) apresentando seu número “A noite em que o vizinho tocou minha campainha” – um conto criado durante o isolamento social, especialmente para os pais de família – deixando geral de bocas e pernas beeeeem abertas com o recado bem dado da Malandra.
A performance foi elaborada para o encerramento do FITU (Festival Integrado de Teatro da UNIRIO), sendo elaborado 100% em casa e transmitido pelo Zoom ao vivo e sem censura, ai ai ai…
Divina nos mostra que mesmo em tempos de pandemia o cabaré é capaz de se reinventar e sobreviver.
Solta o verbo, Malandra!
Olá, senhorus! Foi uma experiência um tanto inusitada essa de me apresentar para uma tela mas confesso que quando o convite veio, era tanto fogo no koo e sangue nos olhos, os dois ao mesmo tempo, que topei sem nem pensar duas vezes. É difícil pra Malandra que tinha uma vida, bastante agitada, se é que vocês me entendem, de repente se ver presa num isolamento social, longe de tudo e de todes. Mas se fosse só isso, até que tudo bem né… as aventuras pelo meu prédio dariam pro gasto, não sei até quando mas dariam, ah mas isso é papo pra outro dia. Mas a questão é que estamos fudidos até o talo, um caos político, social, uma bagunça generalizada e olha que Malandra aqui gosta de uma bagunça mas também sabe exatamente a hora de falar sério e essa performance veio de encontro a isso, a saudade de uma boa putaria misturado com a frustração e angústia diante desse mundo caótico no qual estamos, como se é que se diz, inseridos? presenciando? é pode ser essa palavra mesmo. Mas pra além dos pesares, o recado foi dado e o cabaré vibrou dentro de mim naquela sexta à noite, senti o fervor e o axé da noite esquentar o corpo desta humilde cabareta que vos fala, e acredito que das testemunhas presentes lá também… reacendeu a chama que me faz ter a certeza de que Divina Malandra e Cabaré são coisas que não podem e nem devem andar separados.
Divina Malandra
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