Nome original: Sidonie-Gabrielle Colette
Nascimento: 28 de janeiro de 1873 – Saint-Sauveur-en-Puisaye
Morte: 03 de agosto de 1954 – Paris, França

Famosa por seu espírito livre tanto quanto seu estilo de escrita, Colette era uma cronista da existência feminina, uma feminista precursora que empurrou os limites da sexualidade para as mulheres em Paris. Para a aversão da sociedade parisiense, Colette experimentou a androginia dentro e fora do palco. Ela freqüentava os espaços onde as sexualidades marginais estavam começando a encontrar alguma visibilidade.

Pesquisa realizada por: Juliana Thiré (Discente de Teatro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO)

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Mais sobre sua biografia:

Quando Sidetie-Gabrielle Colette chegou a Paris em 1893, poucos imaginaram que o jovem de 20 anos de Burgandy se tornaria uma das personalidades mais notórias e exuberantes do fin-de-siècle Paris. Colette era uma romancista e performer francesa, mais conhecida por seu livro Gigi, a base do filme do mesmo título.

Em 3 de janeiro de 1907, Colette se apresentou no Moulin Rouge ao lado de sua então amante Missy, também conhecida como a Marquesa de Morny. Seu show de pantomima foi chamado Egyptian Dream e em sua primeira noite foi recebido com vaias de um público indignado. No dia seguinte, o chefe da polícia ameaçou fechar o cabaré se o Egyptian Dream fosse tocado novamente.

O escândalo veio do retrato de duas mulheres vivendo abertamente e se beijando no palco, enquanto uma delas vestia-se de homem – e era notoriamente como as duas mulheres viviam fora do palco. O palco foi bombardeado com moedas, cascas de laranja, latas de doces e dentes de alho (a palavra alho era um insulto para lésbicas) enquanto um membro da platéia podia ser ouvido gritando “A bas les gousses!” (Abaixo os sapatões!).

Colette provocou sem medo. Vestida com um figurino que lembrava “Salomes”, a mulher semi-nua e devoradora de homens pintada pelo artista alemão Franz Von Stuck. Colette informou ao entrevistador do Le Journal que elas não pretendiam se intimidar e continuariam a se apresentar para toda a execução agendada.

Referências Bibliográficas:

Lesson We Can Learn from Colette. AnOther. Disponível em: <http://www.anothermag.com/art-photography/7654/lessons-we-can-learn-from-colette >. Acesso em: 23 jan. 2019.

Colette. Wikipedia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Colette > Acesso em: 23 jan. 2019.