Nome original: Marie Louise Fuller
Nascimento: 15 de janeiro de 1862 em Fullersburg, hoje Hinsdale
Morte: 1 de janeiro de 1928
Foi uma atriz e dançarina norte-americana, pioneira das técnicas tanto da dança moderna quanto da iluminação teatral. É a inventora da serpentine dance. Fuller fazia uma união de suas coreografias com seus trajes confeccionados em seda iluminados por luzes multicoloridas, assim percebendo o efeito de refletores em seus trajes resolveu explorar por toda a sua vida essa ideia de iluminação.
Pesquisa realizada por: Juliana Thiré (Discente de Teatro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO)
Galeria de fotos:
Links de vídeo:
Loïe Fuller (1905): https://www.youtube.com/watch?v=Dda-BXNvVkQ
1895 – 1908 Loie Fuller’s Serpentine Dance (highlights from the greatest movie pioneers’ films): https://www.youtube.com/watch?v=BZcbntA4bVY
No filme “The Dancer”, as peças de Fuller são reconstruídas por um estudioso e executadas pela atriz francesa Soko.
Mais sobre sua biografia:
Embora fosse famosa nos Estados Unidos, ela achava que não era levada a sério pelo público, que a considerava apenas uma atriz. Segundo Paul Bourcier, “Fuller foi considerada mais uma artista de variedades do que uma bailarina”. Loie Fuller fez várias turnês pela Europa, dentre uma delas com Isadora Duncan. Em Paris, teve acolhida calorosa, o que a persuadiu a permanecer na França e ali continuar o seu trabalho, tornando-se uma artista regular no elenco do Folies Bergère.
Loïe Fuller, dançarina de Illinois (EUA), chegou a Paris em 1892 depois de uma bem-sucedida turnê por Nova York e Londres. Sua estreia na capital francesa aconteceu no Folies Bergère (ex-circo e café-concert da Rua Richer, conhecido, em 1872, por seus números de variedades. A atriz norte-americana se exibia em uma performance limítrofe entre proezas de ginástica, espetacularidade e êxtase. Firme sobre as pernas, ela rodopiava com grandes véus, que eram iluminados por imponentes jogos de luz e multiplicados por espelhos estrategicamente colocados em cena. O efeito resultante – uma espiral de luz, um caracol iridescente, um fluxo indistinto de gazes e vapores – conquistou os maiores escritores e artistas da época, que elegeram Loïe Fuller um ícone fin-de-siècle.
Edmond de Goncourt a descreve, no “Diário”, como “uma tempestade de tecidos, um redemoinho de roupas de baixo, luzes claras da aurora e vermelho fogo dos crepúsculos”. O escultor Auguste Rodin iniciou com ela uma relação tempestuosa. Raoul Larche e François Rupert Carabin fixaram seus movimentos em estatuetas de bronze que figuram entre os exemplos mais cativantes do gosto da época. O poeta Jean Lorrain, no periódico L’Echo de Paris, em 4 de dezembro de 1893, definiu as exibições de Loïe como “uma apoteose da era moderna”.
Toulouse Lautrec dedicou à artista um estudo a óleo e uma série de 60 litografias entre 1892 e 1893. A dança da “escultora de luz” é sintetizada, seja no esboço, seja nas gravuras, em uma espiral humana traçada com um perfil contínuo e fluido, que une a cabeça, enfaticamente arqueada, e as extremidades inferiores das pernas. (…) Não obtém, no entanto,a aprovação de Loïe Fuller, que, entre os seus pôsteres, preferiu a viva e borbulhante fórmula de Jules Chéret, pintor que na época fazia sucesso com seus cartazes.
Fuller havia criado um grupo de balé, Les Féeries Fantastiques de Loie Fuller (As magias fantásticas de Loie Fuller). Após algum tempo, retornou aos Estados Unidos, para apresentações. Mas passou o resto da vida em Paris, onde morreu em consequência de câncer, aos 65 anos de idade. Foi cremada, e suas cinzas estão enterradas no Cemitério do Père-Lachaise, em Paris. Após sua morte, sua companhia permaneceu em atividade até 1939.
Referências Bibliográficas:
Loie Fuller. Wikipedia. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Loie_Fuller>. Acesso em 23 jan. 2019.
Toulouse-Lautrec, Henri. GRANDES MESTRES.