Laura de Vison

Nascimento: 07 de novembro de 1939 – Rio de Janeiro
Morte: 08 de julho de 2007 – Rio de Janeiro

Norberto Chucri David, artisticamente Laura de Vison, foi um ator e transformista brasileiro que fez muito sucesso nas décadas de 60, 70, 80 e 90. Na pele de Norberto, também foi professor de História em escolas públicas do Rio de Janeiro. Em sala de aula não era um professor nada convencional. Já chegou a se vestir de Cleópatra para explicar a História do Egito. Após 18 anos como professor no Colégio Capitão Lemos Cunha, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, perdeu o emprego porque respondeu às perguntas dos alunos sobre a transmissão sexual da AIDS. Seu nome artístico surgiu ainda na década de 60 quando desfilava de biquíni e casaco de pele no Carnaval carioca. Até recentemente, Laura fazia shows na cena LGBTQS carioca e suas aparições foram muito festejadas. Faleceu em 09 de julho de 2007, sendo enterrada no Cemitério de Inhaúma, no Rio de Janeiro.

Pesquisa realizada por: Álvaro Victor (Discente de Teatro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO)

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Filmografia:

2005 – Mamãe Parabólica
2005 – Laura, Laura
2004 – Cazuza – O Tempo Não Pára
2001 – Memórias Póstumas
1999 – Você Decide (Episódio: Ninguém é Perfeito)
1994 – Incidente em Antares … Cantora Garcia (Minissérie)
1987 – No Rio Vale Tudo (Si Tu Vas à Rio… Tu Meurs)
1985 – Noite

Mais sobre sua biografia:

Norberto Chucri David, artisticamente Laura de Vison, foi um ator e transformista brasileiro. Carioca do Engenho de Dentro, filho de pais libaneses que comercializavam tecidos com a ajuda dos filhos, Norberto estudou na Faculdade Nacional de Filosofia e licenciou-se em filosofia, psicologia e história.

Como Norberto, viveu profissionalmente como professor de História em escolas públicas e particulares do Rio de Janeiro. Se dividia entre duas vidas, Norberto e Laura.

Laura de Vison fez muito sucesso nas décadas de 60, 70, 80 e 90 como transformista. Seu nome artístico surgiu ainda na década de 60 quando desfilava de biquíni e casaco de pele no Carnaval carioca.

Ela geralmente era comparada a drag queen americana Divine, atriz preferida do diretor John Waters no longa metragem Pink Flamingos (1972) por suas performances bizarras e incomuns. Em “O Fantasma da Ópera” chegou a comer o cérebro do fantasma: dois miolos crus, com quase 300 gramas.

Na década de 1970 foi presa por homofobia, segundo ela “simplesmente por ser gay”. Ficou dez dias em uma cela que lhe rendeu uma grande experiência de vida.

Nos anos 80, virou “cult” nas noites da casa noturna Boêmio, na Rua Santa Luzia. Porém, com o fechamento da casa, Laura passou a peregrinar pela Lapa a procura de outro espaço. Como não encontrou, acabou se sujeitando a distribuir balinhas em boates que não a consideravam “culta” para seu público tido como “elitista”. Falta de cultura tiveram seus “diretores artísticos” e proprietários para não ver o que ela representava. Outras casas, como o Cabaré Casanova, não permitiam que ela entrasse, pois nos anos anteriores tinham concorrido com ela.

Laura de Vison era uma simpatia como pessoa. Quem a conheceu jamais a esquecerá.

Referências bibliográficas:

http://sennacarioca.blogspot.com.br/2007/07/laura-de-vison-grande-transformista.html

Firmino, Simone Cristina. <https://www.recantodasletras.com.br/biografias/4774845>.